sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dos deuses

3 comentários:

  1. Opa, Lu

    O que está fora é o que está dentro. Isso é dos deuses, minha amiga.
    É ou não é?
    bj
    Beth

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  2. foi quando apanhei a conchinha naquela areia amarela. o verde do mar chegava a ferir os olhos de tão forte – e o barulho das ondas fazia imaginá-las explodindo na paisagem. ao tocá-la, algo fez o olhar se dirigir para o lado do continente. havia o paredão da serra protegendo tudo e assim que terminava o domínio da areia, uma mesa branca, um guarda-sol da mesma cor e alguém de óculos escuros, bem escuros, parecia observar o universo externo e interno. um copo e um prato dominavam o espaço da mesa. o copo, de cristal, estava meio cheio, meio vazio. o líquido era quase transparente. Talvez água de côco, não se podia distinguir pela distância. ao lado, figos, num prato provavelmente de porcelana. Ela se notou observada. mordeu um figo e os dentes brancos se mostraram ao sol. Tomou um gole do líquido. depois, levantou-se, virou-se e foi embora. antes, levantou os óculos por alguns segundos. os olhos era azuis. de uma azul mais forte que o verde do mar. nunca mais ele esqueceu. mesmo porque guardou a conchinha. e toda vez que a olha tem a certeza de que um dia...

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